domingo, 11 de abril de 2010

CASTANHAS PORTUGUESAS VOCÊ CONHECE ?


Castanhas Portuguesas, conhecem?
O castanheiro é uma árvore da família das castanáceas ou fagáceas, autóctone da Europa Meridional, Argélia e Ásia Menor que abunda em Portugal desde tempos muito remotos. Com um tronco grosso e copa larga, pode atingir 25 a 30 metros de altura, chegando a encontrar-se alguns cujo tronco atinge um perímetro com mais de 10 metros. Foi sempre sinónimo de fartura e riqueza. Dele eram feitas as mobílias das casas, as masseiras, os teares, era dele que nasciam as portas e janelas das mesmas, os soalhos e os tectos. Durante muitos anos chamou-se ao castanheiro ‘o ferro de Portugal’ e dele se diz ainda ‘300 a crescer, 300 a ser e 300 a morrer’, ditado que se refere à sua longevidade.
Os Celtiberos veneraram o castanheiro como divindade benigna e mais tarde, na chancelaria de D. Afonso III, em 1269 é referida a castanha como elemento central na mesa.
Durante muitos séculos foi o alimento fundamental da região transmontana e beirã pelo seu grande teor nutritivo. Sob o ponto de vista medicinal, a castanha é usada como adstringente no tratamento de enterites.Antigamente, a apanha da castanha era uma ocupação que dava trabalho a muita gente e no final desta, pelas famílias mais pobres ou como tradição acontecia o ‘rebusco’, quando os rapazes e as raparigas iam à procura de algumas que tinham ficado nos soutos. Após a recolha, juntavam-se num lugar combinado e faziam fogueiras onde as assavam, num convívio chamado “de magusto”. Quando as castanhas já estavam assadas, tiravam-nas do monte de cinzas, comiam-nas e brincavam, enfarruscando-se uns aos outros. Alguns mais crédulos eram incitados a ir molhar o vassouro para apagarem a fogueira e quando voltavam já não tinham mais castanhas.
E se apenas escutou falar de castanhas assadas, fique a saber que estas também podem ser fritas. Basta dar um corte em cada castanha, colocar na frigideira ao lume com bastante óleo e quando este estiver bem quente deitar as castanhas e deixar fritar alguns minutos, descascando-as depois
Mas as castanhas têm mais tradição do que simplesmente serem consumidas assadas, compradas apressadamente num cartucho de papel. Este fruto tem um papel bem especial na tradições portuguesas.
Em algumas casas mais antigas ainda pode se encontrar na velha cozinha vestígios de algum “caniço”. E em alguma despensa ou arrumação de casas mais abastadas, entre os diversos utensílios agrícolas existam ainda as botas ferradas usadas pelos homens no trabalho de pilar as castanhas. Nas casas particulares as castanhas eram conservadas pelo método de pilagem. Nas cozinhas de pedra, com lareira, eram colocados os caniços feitos com tábuas estreitas, um pouco separadas umas das outras, onde se colocavam as castanhas e o calor da fogueira secava-as. Depois tiravam-se do caniço e metiam-se em cestos. Eram os homens, com botas bem ferradas e bamboleando-se de um lado para o outro, que as pilavam, isto é, quebravam-lhes a casca obrigando-a a desprender-se. Com estas castanhas confeccionava-se o gostoso ‘caludo’.
O Caludo consistia em, às castanhas secas juntava-se água, leite e açúcar. Coziam-se as castanhas piladas em água, e quando começavam a ferver juntava-se o açúcar, deixando ficar ao lume mais um pouco. Retiravam-se da panela e esmagavam-se, juntando um pouco de leite.
Abri seu apetite para umas castanha assadas?
E porque não juntá-las a um recheio, a carne ou a outros pratos da nossa rica gastronomia.
Cabe a você usar a imaginação e tirar da castanha o que ela tem de melhor e mais gostoso, se a conseguir encontrar.

sábado, 10 de abril de 2010

CONSUMO DE FRUTAS NO BRASIL É BAIXO


Embora o Brasil seja um grande e excelente produtor mundial de frutas e hortaliças, com grande abundância de variedades nas diferentes regiões do país, o brasileiro ainda é um péssimo consumidor destes alimentos, priorizando outros de inferior valor nutricional, tais como biscoitos, salgadinhos e refrigerantes.
O péssimo resultado deste hábito é o crescente número de obesos, com aumento do risco de diversas doenças relacionadas ao excesso de peso e sedentarismo, como as cardiovasculares.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo diário mínimo para um adulto deve ser de cinco porções, ou 400 gramas de frutas e legumes. No Brasil, a ingestão não chega a um terço destes valores. Segundo a mais recente Pesquisa de Orçamentos Familiares, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), frutas, verduras e legumes correspondem a apenas 2,3% das calorias totais ingeridas pela população.
No estudo, da amostra de cerca de 10 mil famílias, foram levantadas informações sobre o perfil de consumo e os determinantes do não-consumo. Segundo os pesquisadores, um dos motivos para o não consumo destes artigos é o preço dos alimentos. A falta de hábito e de tempo para o preparo também pesou na hora da escolha.
Um novo estudo sobre o tema já está sendo finalizado, e os valores não são nada animadores. Parece que o triste cenário encontrado nas últimas três décadas do século 20, em que houve um declínio no consumo de alimentos básicos, tais como cereais, frutas e hortaliças na cidade de São Paulo, deve se manter.
Diante deste futuro sombrio, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com outras instituições, desenvolve, desde 2007, um projeto para subsidiar ações em comunidades atendidas pelo Programa de Saúde da Família (PSF), para incentivar a população a consumir mais frutas, legumes e verduras. O grupo elaborou, por exemplo, uma série de livretos e cartilhas, disponíveis gratuitamente no site da Embrapa, para incentivar o consumo de vegetais, com recomendações nutricionais, quantidades a serem ingeridas e dicas de receitas. O material é também voltado a profissionais das áreas de nutrição e educação, pois oferece sugestões de como trabalhar o tema para estimular a alimentação saudável. Os textos seguem as diretrizes do Ministério da Saúde e orientam, entre outros aspectos, sobre o consumo de sal, gordura e açúcar, bem como alertam para a importância da prática regular de atividade física.

Referência(s)Autor):
Chico Damaso. Pesquisa de Orçamentos Familiares – IBGE. Disponível em http://www.ibge.gov.br. Acessada em 24/03/2010