A pesca do bacalhau realizada pelos pescadores portugueses na Terra Nova e Gronelândia, encontra-se intimamente associada à saga das navegações e descobertas, datando do séc. XIV. Há registro da partida, da ilha do Faial, de Diogo, de Teive em 1452. A partir da viagem dos Corte-Real, em meados do século XVI, foi elaborado o Planisfério de Cantino, onde se divulgava um primeiro mapa menos fantasioso dessas regiões (Terra Nova e Labrador) e com o qual a navegação se tornou mais segura e maior a presença portuguesa na pesca do bacalhau.
Em 1504 havia na Terra Nova colónias de pescadores de Aveiro e de Viana do Minho.
Em 1504 havia na Terra Nova colónias de pescadores de Aveiro e de Viana do Minho.
Em 1506 um dos principais portos bacalhoeiros era Aveiro. Entre 1520 e 1525 existiu, na Terra Nova, uma colónia de pescadores de Viana do Minho que se dedicava à pesca sedentária - pescavam e secavam o peixe ali mesmo. A permanência ia de Abril a Setembro.
No reinado de D. Manuel I (1465-1521) Aveiro foi o porto que mais navios enviou para a Terra Nova (cerca de 60 naus) e em 1550 saíram cerca de 150 naus.
O período de dominação dos Filipes (1580-1640) levou quase à extinção da pesca do bacalhau (em 1624 não havia qualquer barco nos portos de Aveiro).
A recuperação da Pesca do Bacalhau só se faz no séc. XIX. Até lá, 90% do consumo interno do bacalhau era importado.
Em 1830 foram criados incentivos à pesca com a extinção do pagamento dos dízimos e com a construção de 19 barcos.
Sem alterações notórias, através dos séculos, a tripulação dos Bacalhoeiros era composta por Capitão , Piloto , Marinheiros (pescadores) , Cozinheiro e 1 ou 2 moços (mais recentemente passaram a ser 6, 8 ou 10) conforme a capacidade do navio.
Entre os marinheiros ou Pescadores, a divisão era feita da seguinte forma: Escalador , Salgador , Simples pescador e "Os verdes" (os que se iniciavam na faina).
Muitos destes trabalhadores estão enterrados num cemitério em St. John's, do qual ninguém fala, nem sequer atrai visitantes.
As iscas usadas eram amêijoas, lulas. Só na década de 20, apareceu a assistência aos barcos feita por 2 barcos a vapor - Carvalho Araújo, em 1923, e Gil Eanes, em 1927.
Entre os marinheiros ou Pescadores, a divisão era feita da seguinte forma: Escalador , Salgador , Simples pescador e "Os verdes" (os que se iniciavam na faina).
Muitos destes trabalhadores estão enterrados num cemitério em St. John's, do qual ninguém fala, nem sequer atrai visitantes.
As iscas usadas eram amêijoas, lulas. Só na década de 20, apareceu a assistência aos barcos feita por 2 barcos a vapor - Carvalho Araújo, em 1923, e Gil Eanes, em 1927.
O atraso português no processo de industrialização determinou que esta pesca se prolongasse pelo século XX (até 25 de Abril de 1974) com base numa tecnologia ultrapassada: pesca à linha de mão, munida dum único anzol, a bordo dos dóris, pequenas embarcações individuais de fundo chato e tabuado rincado, com um comprimento de 4 a 5 metros e 80 a 100 Kg de peso, apoiando-se nos tradicionais veleiros de madeira.
Tratava-se, contudo, de uma técnica de pesca bastante menos agressiva dos recursos dos que as redes de emalhar ou de arrasto.
Em 1934 foi feita a organização corporativa da Indústria Bacalhoeira.
Em 1934 foi feita a organização corporativa da Indústria Bacalhoeira.
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